Quais as respostas educativas adequadas ou medidas preventivas para evitar o baixo rendimento dos alunos que entram na escola por meio da inclusão?

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo geral:

Verificar quais seriam os elementos que de maneira direta ou indireta contribuiriam para a não aprendizagem dos alunos que entram na escola por meio da inclusão.

4.2 Objetivos específicos:

Averiguar quais os métodos e procedimentos adotados pelos professores que poderiam contribuir (ou não) para a aprendizagem dos alunos que entraram por meio da inclusão;

Observar como os professores trabalham com os alunos que apresentam problemas de dificuldade de aprendizagem;

Verificar como a escola percebe a inclusão (professores, gestores, coordenadores, familiares, etc);

Identificar quais são os mecanismos utilizados pela escola para promover a dos alunos que entraram por meio da inclusão;

5 JUSTIFICATIVA DO TEMA

A preferência pelo tema deu-se principalmente pela vontade de interferir a respeito da demanda que envolve os alunos com problemas de aprendizagemna escola e, também, pelo fato de contestar a ideia de que haja docentes que não estejam envolvidos com as causas da inclusão e permitam que seus alunos permaneçam excluídos de participar do processo de ensino aprendizagem.

A esse respeito, Senf (1981) esclarece que as Dificuldades de Aprendizagem têm sido uma área obscura que fica entre a normalidade e a defectologia. Nesse sentido o autor afirma que os professores que ensinam os alunos com necessidades educacionais especiais, sugerem o encaminhamento para a educação especial sem, contudo, conhecer as potencialidades do aluno ou pensarem em modelos dinâmicos e diferenciados de avaliação e de intervenção. Esta ‘esponja sociológica’ vem sem utilizada como método classificatório para absorver uma diversidade de problemas educacionais dentro da escola, e favorecer ‘a segregação social.

Ainda nesta perspectiva, não é possível admitir que o sucesso escolar continue estreitamente vinculado a uma condição social excludente e desumana. Ao tratar todas crianças como iguais direitos e deveres, acrescenta se ao contexto a expressão de (BOURDIEU,1996, apud PERRENOUD,2001, p.18) “a escola transforma diversas diferenças e desigualdades em fracassos e sucessos escolares.”

Neste entendimento, faz se necessário, descortinar novas descobertas, capazes de diferenciar o ensino e afastar o descrédito social, pois a partir do momento em que pretendemos intervir, mudamos a configuração das causas.Penso que este estudo será relevante, pois da mesma forma que Freire (2007, p.39), “acredito que é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.” Sem sombra de dúvidas, há que se reinventar valoreseducativos, afim de agregar ‘situações pedagógicas que que gere novas possibilidades de aprender.’

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao longo da escrita desta investigação, pretendo me apropriar das ideias de alguns teóricos, aos quais tratam de diversos conhecimentos em relação ao processo de ensino aprendizagem. Entre eles estão, Bossa, Freire,Perrenoud, Vygotsky, Rotta, Rego, Weiss, Saviani e outros.

Ao discutir essa problemática sob a ótica de alguns teóricos, a exemplo de Vygotsky (1999) percebemosa aprendizagem como um processo que sempre inclui relações entre pessoas, para ele não há como aprender e apreender o mundo se não tivermos o outro,aquele que nos fornece os significados que permitem pensar o mundo a nossa volta.

Segundo Rotta (2016), as dificuldades de aprendizagem éum termo genérico que abarca um grupo heterogêneo de problemas capazes de alterar as possibilidades de aprendizagem de uma pessoa, influenciados por fatores relacionados à escola, à família e ao próprio aprendiz. Muitas são as possibilidades de reflexão que este contexto sugere, no entanto, a pretensão é elencar alguns eixos, por considerá-los significativos, na medida em que caracterizam rupturas, sinalizam novos caminhos e uma direção diferente.

Nesta mesma linha de raciocínio, Weiss (1992, p. 2) considera o “fracasso escolar uma resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola”. Para a autora, existem diferentes perspectivas para estudar essa questão, seja na esfera da sociedade, da escola e do aluno.

Bossa (2011, p.145), comenta que “[...]Em última instância, o professor que não vivenciou uma verdadeira apropriação do saber não poderá acompanhar o aluno no caminho da construção do conhecimento, já que não pode percorrer.” Assim, por consequência da complexidade, é pertinente reconhecer que não é tarefa fácil para os docentes compreenderem essa pluralidade de concepções. Quanto ao papel da escola, Bossa (2011, p.108), lembra que “permanece na escola um vazio, pois a pedagogia, numa visão da compreensão do processo de ensino aprendizagem, não tem contemplado as diferentes situações advindas da própria escola.”